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Paisagem Tr​â​nsito

by Orca

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1.
Sonhei 02:31
Sonhei poder voar ter asas, penas e um futuro a pairar Sonhei um corpo ideal ter guelras, barbatanas e sensores detetores do mal Sonhei ser sem ser outro tipo de matéria uma pedra, um movimento inanimado Sonhei viajar como a luz e atravessar a história que nos conduz
2.
Deriva 02:32
Jogo-me ao acaso à procura de sorte Se encontro ou decido se é destino fugido se é hora de ir embora se é tempo de voltar se esta chuva tão turva dá para navegar Não há como saber de onde vim Nem onde vou morrer Perco tantos dias tentando entender as pedras, os caminhos tornados e remoinhos as fibras e as vestes as guerras e as pestes e o sol que sendo fogo põe tudo a arder Não há como saber porque vim Nem porque vou morrer Sem querer decidir que vida tomar que batalha travar para que lado remar Sem querer desistir levantado o que cair encerrando o rancor mantendo fé no amor Lanço-me às avessas e tropeço nas pressas Escolho e se é errado deixo o destino de lado Se me atrapalho ao virar se me perder ou escorregar os rumos são tantos enquanto acordar Não há como saber ao que vim Nem de que vou morrer Invento um passado mais real que a verdade E apesar do medo com atraso ou muito cedo corro, salto e caio e de certeza me baralho e choro e luto e danço e grito escrevo, apago, rasgo, lixo e esfolo e estico a corda e rompo a ordem e acalmo o que sentir E se a estrada for longa e um atalho surgir
3.
As asmas 00:46
Tento estancar as lágrimas como quem estanca hemorragia Tento ir sem voltar à escuridão mas ela também me guia E é como magia ou façanha do mal Encarar os fantasmas as asmas os medos os pesos o frio
4.
Lagarto 03:11
Já nasceu com pernas de fuga com braços de luta com ossos para quebrar Já nasceu criminoso perigoso ladrão Veio ao mundo sem o mundo o querer carrega a culpa do próprio nascer Já nasceu com mãos para defender o corpo e a dignidade o esforço da verdade Já nasceu transgressor malfeitor marginal Veio ao mundo sem o mundo o querer carrega a culpa do próprio nascer … Escama a pele transforma em osso de se roer Vira e é lagarto sangue frio sem emoção Dá ao tempo a sua vida troca-a a por sobreviver
5.
João 02:31
Fujo de ti mas quero-te encontrar a falta de ação faz-me prender ao chão Fujo de mim mas quero procurar a força e a emoção para te enfrentar, João Há que aceitar que as pernas bambas dão para caminhar Há que aceitar que as pernas bambas dão para caminhar Vejo-te assim parado sem saber o que fazer às mãos e aos pensamentos vãos Vês-me aqui sentada a olhar para ontem e a pensar em como te abordar Há que aceitar que as pernas bambas dão para caminhar Há que aceitar que as pernas bambas dão para caminhar
6.
Dás-me rancor porque te falta amor para dar
7.
O céu está vermelho e o mundo quer acabar mas fiz-te esta canção só para te lembrar que o amor é tudo o que temos para lutar E eu que me desfaço em lágrimas de cada vez e tu que me abraças sem saberes os porquês o amor é tudo o que temos não vês? Sinto tanto e tanto ao mesmo tempo Sinto tanto e tanto ao mesmo tempo Tudo é contrário sem rumo, sem chão nem céu Não podia deixar de te dizer que a nossa casa é linda mas lá fora está a arder e o amor é tudo o que temos para nos mover E sim, ao que parece, não é alucinação o fim já começou e não se sabe a direção E o amor é tudo o que temos aqui à mão Sinto tanto e tanto ao mesmo tempo Sinto tanto e tanto ao mesmo tempo Tudo é contrário sem rumo, sem chão nem céu Sinto tanto e tanto ao mesmo tempo Sinto tanto e tanto ao mesmo tempo
8.
Encheu a côncava solidão de mentira e opressão se lhe espremermos o coração sai convulsão, sai convulsão se lhe espremermos o coração Se lhe espremermos sem piedade e lhe arrancarmos a vacuidade vemos a fragilidade da liberdade, da liberdade vemos a fragilidade Vemos a terra a fugir por entre os dedos sem exigir que nos devolvam o sentir vai implodir, vai implodir que nos devolvam o sentir Que nos devolvam sem racionar a euforia e o cantar temos direito a respirar sem implorar, sem implorar temos direito a respirar Temos direito ao pensamento a vida digna sem tormento se disputamos sustento é violento, é violento se disputamos sustento Se disputamos respeito não somos mais que um conceito é querer erguer e ser eleito escondendo o peito, escondendo o peito é querer erguer e ser eleito É querer erguer a nossa casa ao ver o outro em tábua rasa mas não se voa só com uma asa estamos em brasa, estamos brasa não se voa só com uma asa. Não se voa nem se sonha quando a vida é tão medonha nem é cara, chamam-lhe fronha ganhem vergonha, ganhem vergonha ganhem vergonha, ganhem vergonha ganhem vergonha, ganhem vergonha ganhem vergonha, ganhem vergonha
9.
A culpa 00:13
A culpa, a culpa, a culpa que ocupa, ocupa, ocupa que chupa, chupa e mói e dói rasga, rasga, rói, rói
10.
Não naufragues em mim que eu não sou mar não te deites aqui eu não vim para ficar Não atraques em mim eu não sou bom porto navega, perde, procura encontra teu conforto Tenho o corpo dorido e a roupa suja sou história cansada alma que enferruja quantos sonhos belos já tornei vãos? Não me chegam as mãos não te posso abarcar preenche tu este espaço ouve a terra ondular Sigo para o lado oposto mas levo-te comigo em forma de saudade faço da memória abrigo. Tenho o corpo dorido e a roupa suja. sou história cansada, alma que enferruja. quantos sonhos belos já tornei vãos? Quero voltar não sei para onde Quero fugir não sei do quê Quero voltar não sei para onde Quero fugir não sei do quê
11.
Se o tempo 03:14
Se o tempo não nos fizer encontrar para o resto da nossa história de amor para o que falta viver Se o tempo nos quiser afastar que o faça sem nos arrasar O tempo nem tudo cura é coisa dura água que fura Se o tempo não for amigo fiel que haja espaço para chorar sem fel O tempo nem tudo cura é coisa dura água que fura O tempo nem tudo cura é coisa dura água que fura O tempo nem tudo cura é coisa dura água que fura Se o tempo não nos fizer encontrar
12.
Não posso passar a noite a chorar amanhã tenho que fazer tenho que ir trabalhar Ai sol, que nasces mesmo assim dá-me uma folga tem piedade de mim Dói-me hoje mas deixo para depois a purga deste dissabor não há tempo para acolher a dor nem espaço para sofrer de amor Lá fora o mundo gira sem reparar que a tristeza anda por aqui que veio e quer-se instalar De dia se mantém silenciosa de noite é fera macabra e monstruosa Ser desgosto tão universal não acalma esta pulsação nem apaga mágoas de carvão, nem traz alento ao coração
13.
A nossa canção será sempre de amor porque o que é e será não apaga o que já foi e se eu te quero bem e tu a mim também pode conter dor e ser uma canção de amor

credits

released March 31, 2023

Leonor Cabrita - voz, synths, piano, letra, música, arranjos, produção
Bernardo Alvares - contrabaixo, baixo, percussão, arranjos, produção
António Rebelo - guitarra, arranjos
Miguel Sobral Curado - bateria
Ana Lua Caiano - coros
Catarina Branco - coros
Francisco Menezes - saxofones, flauta

Yaw Tembe - trompete em Se o Tempo
Vasco Alves - bobine electroacustica em Se o Tempo
Samuel Pacheco - voz em Se o Tempo

Eduardo Vinhas - captação e mistura
Rafael Silva - masterização
Artwork: Maria Severino
Design: Desisto
Apoio Fundação GDA
Agradecimentos: Luís Severo, Pedro Cabral, Sreya,
Teresa Serra Nunes, Maria João Cabrita, Fernando
Júdice

Facada Records 002, 2023

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Facada Records Portugal

Facada Records, located in Lisbon, is a newly established label with a primary focus on producing creative music that spans across various genres, contexts, and idioms.

Facada is the result of the partnership between musicians Yaw Tembe and João Almeida, alongside the graphic design studio Desisto.
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